quinta-feira, 28 de abril de 2011

Novo Portal de Quadrinhos Nacionais, Exportando Talento e A Busca por Tempos Áureos Das Gigantes dos Quadrinhos

Por Gabriel Guimarães


Sei que o título está bastante comprido, mas são muitas novidades a serem comentadas aqui. Em primeiro lugar, gostaria de destacar um projeto que me chamou bastante a atenção pela excelente iniciativa que é: a ainda nova Editora Eras, que se oficializou em 2010 e tem como foco o trabalho com materiais de RPG, jogos e histórias em quadrinhos, deu início essa semana à procura de interessados em trabalhar com arte sequencial para começar a publicar no seu portal online específico de quadrinhos, o "Multicomics Blog".

Com o objetivo de fazer um trabalho exclusivo com quadrinhos brasileiros, a Eras tem divulgado vários artigos sobre o universo no qual as histórias que publicará acontecerão e comentando o processo de produção delas, desde a colorização até a diagramação que o site usará. O trabalho promete muito e pode ser uma porta de divulgação para o talento nacional bem positiva. Quando o portal estiver plenamente construído (o que se vê lá por enquanto ainda é a versão provisória, até que comece a publicação das HQs), acredito que será um ótimo ponto de encontro para os admiradores da nona arte no Brasil. Fiquem antenados nesse projeto.

Quanto à segunda notícia do dia, trata-se da notícia de que a graphic novel nacional "Cachalote", escrita por Daniel Galera e desenhada por Rafael Coutinho, será exportada para a Europa e a editora Cambourakis será a responsável pela publicação do material na França. Dou destaque a essa notícia porque se trata de mais um exemplo de que o Brasil está começando a exportar seu talento para o mundo e não mais apenas importando. Apenas na década de 1960, quando o Brasil exalava um crescimento cultural muito grande (que infelizmente não foi muito pra frente depois, diga-se de passagem) e exportava vários exemplos disso, como a Bossa Nova, a arquitetura revolucionária de Oscar Niemeyer que começava a se destacar, e a beleza da construção de Brasília, o país verdadeiramente demonstrava seu potencial criativo, e vejo que nos últimos tempos, o Brasil tem começado a dar seus passos para voltar a praticar isso. Precisamos continuar assim, mostrando a que viemos.

E, por último, mas não menos importante, uma notícia que reforça um pouco o ponto que tenho exposto aqui no blog já há algum tempo quanto aos quadrinhos das duas grandes editoras americanas Marvel e DC. Através de projetos como Iron Age (Marvel) e RetroActive (DC), as editoras demonstram estar atrás de um retorno aos bons tempos em que fazer, ler e acompanhar quadrinhos era mais simples, onde você não precisava de uma cronologia completamente louca para compreender tudo que acontece no universo e que os personagens são mais simples e verdadeiramente humanos do que nos dias atuais. Os quadrinhos atuais estão vendendo muito e atraindo cada vez maiores fontes de capital e possíveis leitores, porém, é perceptível que muitos sentem a falta de algo, que antes os quadrinhos tinham e hoje parecem ter esquecido um pouco como usar: pureza e simplicidade. É uma volta às origens necessária, mas que não é garantia de bons resultados. Aguardo para ver o desenrolar disso.

sábado, 23 de abril de 2011

Convite Para Escrever O Rei dos Mares

Por Gabriel Guimarães


Desde que os primeiros leitores de quadrinhos conheceram seus personagens favoritos nas revistinhas, sempre houve um desejo de criar suas próprias histórias com o personagem, viver a fantasia de imagina-lo enfrentando esse ou aquele vilão, em uma dada circunstância em um determinado local. Ao longo dos anos, isso rendeu frutos variados para as histórias em quadrinhos mundiais. Alguns, como Jim Shooter, se tornaram roteiristas das grandes editoras ao exporem seus trabalhos em cima dos personagens da casa, enquanto outros, criaram um gênero muito popular e que se expandiu bastante com o passar dos anos, o Fan Fiction, abreviado para fanfic.

Seja de personagens de mangás, de heróis, ou até mesmo da literatura, esse gênero já atraiu muitas pessoas a darem um pouco de sua própria visão de mundo aos personagens que são elemento constante na realidade delas mesmas, expandindo o meio através de quase uma propaganda metalinguística, onde o fã expõe sua relação com o personagem de uma forma tão particular que outros que venham a ler esse conteúdo passam a se interessar em encontrar o material original publicado pelas editoras.

Um trabalho realizado para esse fim, entretanto, como qualquer obra que é disponível para leitura, pode ser de muita qualidade, ou com objetivo único de ridicularizar algo ou de distorcer um pouco ou muito o mundo dos personagens de que se escreve. Essa imensa gama torna possível as abordagens das mais variadas, alcançando inevitavelmente aquele leitor que procura algo de acordo com o que percebe como mais interessante.

Então, é nessa linha de raciocínio, que venho aqui para anunciar o convite que o blog DC Ultimate, que posta histórias fanfic dos personagens do universo DC, veio me fazer há menos de um mês atrás. Eles estão com um projeto de mostrar histórias dos personagens dessa editora de um ponto de vista menos atrelado ao da linha cronológica geral que rege os quadrinhos publicados pela Panini, e me convidaram a tomar parte nessa iniciativa, assumindo um dos títulos que eles pretendem ter de forma regularmente mensal, no caso, o título do Aquaman.
Como descrevi na minha matéria sobre questão de visiblidade (que pode ser lida aqui no blog), esse personagem não dispõe de muito carisma e de uma quantidade muito positiva de procura e de aproveitamento nos quadrinhos da DC, e o novo roteirista-chefe da editora, Geoff Johns, responsável por fases brilhantes do Lanterna Verde e do Flash, está assumindo o personagem para tentar reverter isso. Partindo desse mesmo pressuposto para o rei dos mares num universo cheio de super seres como Superman, Mulher Maravilha, Ajax, etc, decidi aceitar a proposta e, a partir desse mês, escrever o título mensal do Aquaman para o blog DC Ultimate, que conta com admiradores dos personagens da DC de vários pontos do Brasil, desde Macaú (Rio Grande do Norte) a São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Convido, portanto, os leitores deste meu blog, que permanecerá funcionando exatamente como faz hoje, a também darem uma visita a este blog companheiro e a lerem os títulos postados lá, não apenas o meu. Deixo, então, o link do primeiro número do Aquaman que escrevi, que foi publicado hoje, dia 23 de abril, na imagem acima para ser a porta de entrada nessa parceria quadrinística que pode render muitos benefícios aos produtores e aos leitores no futuro, se Deus quiser.

Obrigado mais uma vez a todos pelo apoio que dão ao meu blog e espero que apreciem também a versão que darei ao dono do trono da Atlântida do universo DC nessa minha empreitada.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pequena Lulu, Grandes Quadrinhos

Por Gabriel Guimarães


No Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, está sendo realizada uma exposição em homenagem à personagem de quadrinhos infantis Luluzinha, que voltará a ter suas histórias clássicas publicadas pela editora Ediouro no seu selo de quadrinhos Pixel Media, já responsável pela publicação da versão teen da personagem (a qual, quando surgiu, gerou uma enorme polêmica sobre a fidelidade com as origens que tinha, e por se tratar de uma versão brasileira de uma personagem americana).

Criada pela americana Marjorie Henderson Buell em 1935, Luluzinha fez um estrondoso sucesso entre as tiras cômicas, sendo publicada por dez anos no Saturday Evening Post, para então ganhar uma revista própria pela Dell Editora, já sob a batuta de John Stanley, tanto na arte quanto nos roteiros. Tendo figurado em revistas, séries de TV, bonecos, adesivos, etc, Lulu virou uma referência muito conhecida e querida pelo público e foi somente em 1984 que deixou de ser editada nos Estados Unidos. No Brasil, a última edição publicada com as histórias da jovem Lulu e do seu melhor amigo Bolinha saiu apenas em 1996, pela editora Abril.

Aqui dentro, inclusive, a série fez tanto sucesso que ganhou ainda uma homenagem na canção de Roberto e Erasmo Carlos, "A Festa do Bolinha", que conta uma história entre os seus protagonistas, Lulu e Bolinha.


Em 2009, seguindo o sucesso alcançado pela versão teen da Turma da Mônica (o que já analisei antes aqui no blog), Luluzinha ganhou uma aparência e personalidade adolescente pela Pixel, e voltou a ser lembrada pelo público leitor. Agora, recebe essa justa homenagem que merece ser conferida de perto, na rua José Antônio Coelho, 879 no bairro de Vila Mariana, São Paulo / SP. A exposição estará disponível para ser visitada gratuitamente até o dia 7 de maio, das 15h às 18h.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Selo de Qualidade Tupiniquim

Por Gabriel Guimarães


Essa semana saiu a lista dos candidatos ao Prêmio Eisner, considerado o Oscar dos quadrinhos, e não foi tão surpreendente a presença de alguns autores brasileiros que estão despontando nos últimos anos entre os concorrentes em suas respectivas categorias.

Os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá, já quase figuras constantes nas premiações que envolvem a nona arte, seja nos Estados Unidos ou na terra de origem deles, o nosso Brasil, estão concorrendo pela sua obra Daytripper na categoria de melhor minissérie ou arco de histórias. Primeiramente publicado no mercado exterior, essa história de drama narra as frustrações e os aprendizados do escritor de obituários Brás de Oliva Domingos. A crítica da obra dos gêmeos foi muito boa, e o encadernado das dez edições publicadas pela Dark Horse Comics também tem sido muito procurado pelos leitores de arte sequencial. Aqui no Brasil, a trama será publicado pela Panini, responsável pela publicação dos principais quadrinhos em circulação no mercado editorial brasileiro.

Rafael Albuquerque
Outro brasileiro que também concorrerá ao grande prêmio dos quadrinhos é o desenhista Rafael Albuquerque, graças ao seu trabalho na série American Vampire, que concorre ao prêmio de melhor nova série. Na história, o criminoso Skinner Sweet é transformado por um de seus rivais no primeiro vampiro americano, que, diferentemente das versões tradicionais, usa a energia do Sol para gerar seus poderes de uma forma bem violenta. As histórias de Sweet já são publicadas no Brasil há algum tempo na revista Vertigo, da editora Panini.

Fico feliz que o Brasil esteja sempre junto nessas premiações para mostrar que temos uma habilidade criativa que se equipara aos países onde há mais recursos para os produtores culturais do que aqui, e torço pelo sucesso dos três concorrentes desse ano. A honra de vencer um Eisner vai muito além de simplesmente receber um prêmio, mas sim de escrever seu nome na história desse meio de comunicação que tanto foi defendido pelo quadrinista, de cujo nome o troféu resolveu homenagear, Will Eisner. Eisner revolucionou o meio com seu estudo da narrativa gráfica e até hoje é um dos pilares sob os quais a indústria da nona arte se sustenta, e esse prêmio é uma justíssima homenagem a tudo que este homem fez por todos os leitores e criadores de quadrinhos. Tendo falecido em 2005, Eisner sempre estará na memória daqueles que tocou através de sua vida e de suas histórias, as quais foram sempre sensíveis à figura humana e suas reações ao mundo que lhe cerca (já homenageei o talento e o significado de Eisner para os quadrinhos em várias matéria antes aqui e aqui no blog). Mais uma vez, obrigado, pioneiro eterno.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

É Tudo Uma Questão de Visibilidade

Por Gabriel Guimarães


O setor de publicação de histórias em quadrinhos do gênero heróico tem mudado ultimamente, isso qualquer um pode ver facilmente (já destaquei vários pontos a cerca dessa questão em matéria especial aqui no blog antes), entretanto, há mudanças acontecendo dentro das próprias editoras no que tange à sua abordagem dos personagens não só de forma ficcional, mas mercadológica também. E um fator, acima de todos os demais pontos que discorrerei aqui na matéria, me chamou a atenção: A drástica diminuição da participação do Homem-Aranha no selo Marvel.

Sendo em si tudo aquilo que o grande roteirista Stan Lee gerou para revolucionar a nona arte, dando personalidades reais aos personagens e fazendo-os encarar os problemas do mundo real ao mesmo tempo que suas intrépidas aventuras, o Homem-Aranha sempre foi o personagem mais carismático da Marvel, sendo o mais comum de se encontrar em qualquer história, mini-série, fórum de discussão de quadrinhos, etc. Entretanto, olhem para as histórias atuais nas bancas. Onde foi parar o Cabeça de Teia, Amigão da Vizinhança, de fato? Ele foi afetado pela "Guerra Civil", mas tudo voltou atrás e praticamente anularam sua participação lá. Ele pouquíssimo apareceu na "Invasão Secreta", tendo, no entanto, maior destaque um de seus mais antigos vilões, Norman Osborn (que hoje noto ter mais destaque que o herói aracnídeo em si). Onde ele está no "Cerco"? Onde ele estará em "Fear Itself", próxima grande saga Marvel? Se pouco se sabe sobre que influências todas essas histórias terão na vida do outrora pacato Peter Parker, menos ainda se percebe como esse personagem tão imenso em importância, como era antigamente, influenciará através dele e de suas próprias ações essas histórias em si. O que me pergunto hoje é: Qual a relevância das ações do Homem-Aranha no universo Marvel de hoje?

Todos que acompanham o personagem ao longo dos anos, alguns dentre vocês, leitores, das décadas, podem afirmar que a Marvel esculhambou tudo a partir da saga "Mais Um Dia", onde tanto se mudou no universo do personagem e de seus personagens secundários que fica até difícil explicar. Isso é verdade. Entretanto, olhando friamente para essa saga como decisão editorial, percebe-se sua utilidade, que poderia voltar a dar o glamour que já faltava ao personagem há algum tempo. Em algumas edições específicas, inclusive, trouxe. Rendeu histórias que lembravam boas fases do aracnídeo, como a época em que era escrito por Tom DeFalco ou Roger Stern. Só que aonde isso levou? Hoje, parecem não ter novas ideias para se abordar um fotógrafo gênio da ciência vestido de colant saltando entre os prédios como uma aranha. O Homem-Aranha é um personagem que fala ao público jovem, mas ele envelheceu, e ninguém sabe mais como tratá-lo. Procuram voltar às suas origens, recontar seu começo, ou reimaginar todo seu universo, como fizeram (e de passagem, comento, muito bem feito, como já analisei aqui no blog antes) na série Marvel Millenium. Mas o que fazer com o personagem original? Como inovar de novo com ele?

Eu não sei exatamente o foco que a Marvel ainda dá ao personagem, mas nota-se que não é mais te-lo como o caixa forte da editora. No videogame lançado esse ano, Marvel vs. Capcom 3, onde os personagens da Marvel, como Wolverine (um dos outros eternos queridinhos do público e da editora pelo seu jeito marrento), Doutor Destino, Hulk, etc, enfrentam os personagens dos games criados pela Capcom, como Zero (da série Megaman), Ryu, etc., o Amigão da Vizinhança não passa de um mero coadjuvante. O jogo é muito bom, alto grau de jogabilidade e os personagens do game são ótimos, mas algo me chamou a atenção: O Homem-Aranha sequer participava do vídeo de abertura do game, algo que era quase tradição dos games da Marvel desde sempre. Em seu lugar, entrou o mercenário desbocado Deadpool.


Por que isso aconteceu?

Como disse no título da matéria: é tudo uma questão de visibilidade. A Marvel tem mudado a escalação de sua frente de batalha, tentando atrair novos públicos e gerar novos mercados, e, nisso, infelizmente, rebaixou o Cabeça de Teia para uma posição abaixo da "tropa de elite" da editora, que hoje é montado por tipos como Capitão América (que completou 70 anos de existência recentemente e é ainda referência também ao espírito da reestruturação econômica atual pela qual passa os Estados Unidos no governo Obama),  Deadpool (referência aos games que hoje fazem sucesso com suas linguagens desbocadas livres, violência extrema e sarcasmo individual), Wolverine (por razões parecidas com as do Deadpool) e Homem de Ferro (este último mais nas demais mídias que nos quadrinhos em si, pois os filmes do Latinha no cinema o lançaram a um patamar que poucos filmes de heróis conseguiram).

As editoras de quadrinhos de heróis estão passando por uma reformulação que eu não diria ser ética ou moral, mas talvez em relação ao público ao qual estejam querendo se dirigir. A DC tem tomado uma postura semelhante. Sob a batuta do premiadíssimo roteirista e hoje chefe de criação da editora, Geoff Johns, personagens como Flash e Lanterna Verde chegaram ao topo do patamar da editora (já fiz uma matéria destacando a reinvenção deste último aqui no blog antes). E os manda-chuvas da DC não querem e nem vão parar por aí.

Geoff Johns, há pouco tempo atrás, foi confirmado como novo roteirista regular do Aquaman, personagem que nunca em sua história teve qualquer prestígio de fato dentro do universo de personagens que incluem lendas como Superman, Batman e Mulher Maravilha. Me pergunto se o talento de Johns pode tirar esse personagem de um ostracismo do qual nunca saiu antes, em toda a sua existência. Não é uma tarefa fácil, nem de longe. E isso não é nem por causa do personagem Arthur Curry em si. O personagem tem nele mesmo, um enorme potencial de aventuras a serem exploradas, mas as dificuldades que Johns encontrará são principalmente no quesito do tema dessa matéria. Aquaman não tem prestígio nenhum, esteve sempre indo e vindo, sem se fixar em nada que pudesse ser referência para a carreira do personagem, como gosta de abordar em suas histórias Johns. Para o Flash, ele abordou o legado de Barry Allen, para o Lanterna Verde, a profecia da Noite Mais Densa. Não vejo de onde podem-se tirar referências desse tipo para o rei dos mares da DC, que já morreu, perdeu a mão duas vezes (a mesma mão, só para deixar claro - uma antes de morrer, outra depois, impressionantemente), mas nunca teve sequer uma fase de respeito absoluto.

Enquanto a DC começa a explorar os personagens que antes eram apenas do time reserva da editora, alguns de seus personagens de maior destaque ao longo dos anos passam por uma fase complicada como um todo, com novas abordagens, novos uniformes, mas sem muito a dizer de novo por eles próprios, como Batman e sua recém-formada "liga" de representantes do morcego justiceiro ao redor do globo, Mulher Maravilha e seu novo traje que dividiu opiniões entre os leitores de quadrinhos regulares, e Superman, que alcançará esse mês, lá nos Estados Unidos, a incrível marca de 900 números publicados de seu título original de 1938, Action Comics, mas que passa por uma fase sem grandes destaques ou que deixe o público com a respiração curta de tanta ansiedade para saber o que poderia acontecer na edição seguinte.

O foco da arte sequencial está mudando. Sai o velho e entra o novo, sai o gasto e entra o experimental. Pode ser bom, esse momento pode render algumas surpresas além de nossas curiosas expectativas, ou não. Tudo que espero é que haja dentro de cada uma das editoras aqueles que se empenhem em fazer um bom trabalho com esses personagens, renovando a força destes dentro e fora da ficção, ainda assim mantendo-os fiéis a tudo que eles já viveram junto com o leitor assíduo. Esperemos para ver qual será o próximo movimento do mercado editorial da arte sequencial e torçamos pelo seu sucesso, ainda que, para isso, tenhamos que, talvez, abrir mão de uma ou duas histórias por um panorama melhor do universo dos personagens como um todo.